Manaus | No Bosque da Ciência tem Peixe-boi e Ariranha

Além do turismo histórico, Manaus também dispõe de atrativos naturais, tais como o Parque do Mindú e o Bosque da Ciência, onde você poderá conhecer exemplares da flora e da fauna da Floresta Amazônica.

Foi em busca de um contato com a fauna e a flora da região que numa quarta-feira pela manhã, tomamos dois ônibus coletivo da região centro-sul para a parte centro-leste de Manaus. Nosso intuito era o de conhecer o Bosque da Ciência, administrado pelo INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.

O Bosque da Ciência foi criado em 1995 e abrange uma área de 13 hectares que você pode explorar durante todo o dia. Aqui encontra-se ariranhas, peixes-bois, tartarugas, jacarés, cobras, macacos, cotias, aves diversas e uma grande variedades de árvores, de palmeiras típicas da região.

Adornos na fachada do Bosque da Ciência - INPA

Além disso, o Bosque possui uma boa estrutura de recepção com lanchonete, sorveteria, banheiro, lojinhas de souvenirs, anfiteatro, Auditório e um museu, conhecido como a Casa da Ciência, tudo isso por apenas R$ 5,00!

A VISITA

Chegamos ao Bosque da Ciência por volta das 10:30h. O tempo estava abafado. Pagamos a pequena quantia de cinco reais e entramos sob a informação de que poderíamos ficar por lá até o horário de fechamento do Bosque, que é às 16h.

Recebemos um mapa simplificado. A visita não possui guia, mas há a possibilidade de você encontrar algum estudante estagiário que se disponibiliza a guiá-lo. Mas, não se preocupe com isto, com o mapa, e até mesmo sem ele, percorre-se o Bosque tranquilamente.

Bosque da Ciência

Adornos em 3D na fachada do Bosque da Ciência

Portaria do Bosque da Ciência, na Rua Otávio Cabral

Já de início vimos grandes tanques de água nos quais estavam os Peixes-bois da Amazônia. E logo ao lado estava o viveiro da Ariranha. Até aquele momento não havia visto ao vivo e a cores esses dois mamíferos. 

A Ariranha, que chega a ultrapassar os 2m de comprimento, é um animal carnívoro que pode devorar até mesmo seus ovos e filhotes. Este animal vive na terra e na água. O Peixe-boi da Amazônia é o único que vive em água doce e é o menor do mundo, atingindo, no máximo, 3 metros. Ambos são mamíferos típicos da Amazônia.

Ariranha num sono profundo

Agora na ativa, só aguardando o rango

Tanque do  Peixe-boi

Peixe-boi

Um tempinho por ali e algumas fotos, partimos pela trilha. Aqui há trilhas na terra e suspensas. Em ambas, não havia adaptações para cadeirantes. Inclusive na trilha suspensa há vários degraus. Mas percorrê-las é um atrativo e tanto. Ao longo delas encontramos diversos animais que vivem soltos pelo Bosque. São animais já acostumados com o vai-e-vem de pessoas e que se alimentam de comidas dadas pelos funcionários do Bosque. 

Um descanso na Trilha Suspensa

Trilha Suspensa, muito bom para observar a copa das árvores

Assim, não se espante se de repente, ali na trilha, passar calmamente à sua frente uma cotia, um macaco ou se você se deparar com diversas árvores de tamanhos variados. Afinal, nunca esqueça: no Bosque da Ciência do INPA você estará vivenciando um pouquinho da Floresta Amazônica com sua fauna e flora abundante e exuberante.

Cotia se alimentando

Cotia perambulando pelo Bosque

Duas especies distintas de macacos pulando de galho em galho

Além desses, outros atrativos também encontramos por lá: a Casa da Ciência, que é um museu e dedicarei um post para falar sobre ele; o Auditório da Ciência, a Ilha da Tanimbuca, a Casa de Madeira, o Lago Amazônico, o Viveiro dos Jacarés e um Tanque de Peixes Elétricos.

Auditório da Ciência, dentro do Bosque

Continuamos nosso passeio à procura desses atrativos. No caminho nos deparamos com uma àrvore muito grande. Suas raízes tomavam um espaço considerável e seu caule subia rumo ao céu como se não tivesse fim. Após a contemplação fomos para a Casa da Ciência. Lá encontramos um guia turístico que se dispôs por livre e espontânea vontade nos guiar aos demais atrativos.

Uma grande árvore no caminho

Descemos então rumo ao Viveiro dos Jacarés. No caminho paramos para ver o Poraquê, uma espécie de peixe elétrico. Mas não o vimos, estava escondido sob alguma pedra. Continuamos.

Já no Viveiro dos Jacarés pudemos ver de perto três dos principais crocodilianos da América do Sul. Um fato interessante é que quando estávamos em Manaus foi noticiado que um jacaré gigante havia aparecido na CEASA e de lá foi capturado. Tive uma vontade misteriosa de ver ao vivo o tal jacaré, e ao chegar naquele viveiro, encontrei o dito cujo todo desconfiado num tanque isolado dos demais. Isso porque ele era altamente feroz.

Jacaré-pedra conversando com sua amada

O jacaré que surgiu na Ceasa. Veja a cara dele de desconfiado

Tenho uma certa impressão de que esses dois aí estão sorrindo...

Daqui seguimos para o Lago Amazônico. No percurso paramos na Casa de Madeira e tiramos umas fotos. A ideia da casa é fornecer conforto sem muitos gastos. E é bem legal aquele ambiente rústico para uns ensaios.

Casa de Madeira

Chegando em casa...

Muito rústico e legal para umas fotos

No Lago Amazônico, encontramos peixes e tartarugas. Aos nos aproximar da margem, estes animais correram, ou melhor, nadaram ao nosso encontro. Ficamos admirados com a proeza, mas o guia Márcio nos informou que ali é permitido alimentar os animais com ração apropriada e por isso eles já estão acostumados. 

Lago Amazônico

Um descanso à sombra na margem do Lago Amazônico

Outro fato interessante é que aqui no Lago o guia nos apresentou uma fruta chamada de Camu camu. Ela está em estudo, mas os pesquisadores do INPA já descobriram que apenas uma fruta desta equivale a 150 laranjas!

À esquerda, palmeira Tucumã; à direita, árvore e fruto Camu Camu

Já próximo do término de nossa visita, fomos até a Ilha da Tanimbuca. Na verdade não é uma ilha, mas um local onde são realizados alguns eventos culturais. Lá também encontramos diversas tartarugas e peixes, além da árvore Tanimbuca. Há também uma Maloca dos índios onde são vendidos diversos artefatos de sua cultura.

Ilha da Tanimbuca

Ao centro, árvore Tanimbuca que data da época do descobrimento do Brasil

Um delicioso sorvete de Tucumã! Aliás, dois!

Por fim, fomos experimentar o delicioso sorvete de tucumã, além de comer algumas raspinhas dessa fruta.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Localização:
R. Bem-Te-Vi, s/n - Petrópolis, Manaus - AM

Dias e horários de visita:
Terça a Sexta-Feira das 9h às 12h e 14h às 16h.
Sábado, Domingo e Feriados das 9h às 16h.

Taxa de Entrada para o Público em geral:     
R$ 5,00 (Cinco reais)

A entrada é gratuita para:
Crianças até 10 anos;
Estudantes em grupo;
Idosos a partir de 60 anos.

ATENÇÃO: Às Segundas-feiras o Bosque é fechado para manutenção.

Contatos:    
(92) 3643-3192 - Agendamento de visita (somente para grupos)
(92) 3643-3293 -  Portaria do Bosque da Ciência
(92) 3643-3312  - Coordenação do Bosque da Ciência
saav@inpa.gov.br  / bosque@inpa.gov.br 

É proibido entrar no Bosque da Ciência com cachorro, gato ou outro animal doméstico.

Para mais detalhes, acesse Bosque da Ciência - INPA

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