Curitiba

Santiago | Uma inesquecível visita à Viña Undurraga


Dentre os vários motivos que nos fez escolher o Chile, em especial a cidade de Santiago para visitar, cito a possibilidade de conhecer uma vinícola. Pelo menos uma!

Nós até sabemos que no Brasil, e em tantos outros países, há diversas vinícolas. Mas escolhemos visitar uma vinícola chilena por se tratar de um país tradicionalmente conhecido como produtor de vinho. E antes que você diga que outros países também são tradicionais na fabricação do vinho, eu me adianto e digo: escolhi o Chile, e fim de história! rsrsrs

Ir a Santiago no Chile significa estar diante da oportunidade de conhecer muitas vinícolas, inclusive passear pela segunda maior vinícola do mundo – A Concha y Toro! Mas calma lá! Nós não visitamos esta, embora tenhamos tido a ideia inicial de visitá-la, no entanto, por ela está envolta por histórias nada cristãs, preferimos visitar a vinícola UNDURRAGA.

Viña Undurraga Chile Vivo Turistando
Viña Undurraga
Undurraga é, segundo informações em diversos blogs, a segunda vinícola mais visitada do Chile, perdendo somente para a Concha y Toro. Vale lembrar que decidimos visitar Undurraga quando já estávamos em Santiago. Até então planejávamos ir a Concha y Toro.

COMO AGENDAR UMA VISITA GUIADA À VIÑA UNDURRAGA?


Decididos ir a Undurraga, agendamos uma visita para o mesmo dia, uma terça feira de julho. Nosso horário era as 12:00h. Assim tivemos tempo suficiente para nos deslocar até a vinícola, visto que a mesma está a 34km de Santiago. A este respeito cabe salientar que todas as vinícolas comumente visitadas no Chile, não estão localizadas na cidade de Santiago.

Viña Undurraga Chile Vivo Turistando
Pagamos o valor de 8 mil pesos chilenos por pessoa (aproximadamente R$ 35,00 ou USD 14,00). O pagamento é feito na própria vinícola, na recepção que fica no lado esquerdo a partir do portão principal de entrada. Optamos por pagar com cartão de crédito internacional, apesar de poder-se pagar em espécie.
Viña Undurraga Chile Vivo Turistando
Recepção da Viña Undurraga
Para agendar uma visita guiada basta escrever um e-mail para visit@undurraga.cl indicando a quantidade de pessoas, a data e o horário que deseja visitar. No corpo do e-mail, digite:

 "Hola,
Me gustaria agendar una visita para dos personas em 22/07/14 às 12:00h.
Favor confirmar."


Muito provavelmente em poucos minutos você receberá esta resposta:

"Confirmo su reserva para hoy a las 12:00
Viña Undurraga está ubicada en Camino a Melipilla Km 34-. Talagante.
Puede llegar en transporte público se debe tomar en el metro Línea 1, hasta Estación Central, ahí ubicar el Terminal San Borja y tomar un bus que venga a Talagante (flota Talagante anden 79-81)  pedirle al conductor que lo deje en la Viña Undurraga, el viaje en bus demora unos 50 minutos.
Si viene en auto debe tomar la Autopista del Sol (ruta 78  a San Antonio) hasta  el tercer peaje salida Malloco-Calera de Tango, tomar hacia la derecha una cuadra hasta el semáforo, ahí doblar a la izquierda hacia Talagante, unos 5 Km. más adelante se encontrara con la Viña. (Km 34 camino a Melipilla).
Coordenadas GPS
70°53’12” de longitud Oeste
33°38’35” de latitud Sur

Los esperamos"


Para saber os dias e horários disponíveis para o tour guiado, acesse http://www.undurraga.cl/undurraga/visitanos/

Existe a possibilidade de se conseguir vagas sem agendamento, visto que enquanto aguardávamos nosso horário de visita, algumas pessoas chegaram e agendaram naquele momento. No entanto, sugerimos que, por segurança e por estar a vinícola distante de Santiago, agende antecipadamente sua visita. Não custa nada e nem toma tempo. É por e-mail!


COMO CHEGAR À VIÑA UNDURRAGA?


Para chegar a Undurraga a partir de Santiago, é possível através de carro ou da combinação metrô + ônibus intermunicipal. E o que escolhemos? – A  segunda opção, embora a primeira pareça ser bem tranquila.


Tomamos o metrô na estação mais próxima do apartamento onde estávamos hospedados – a Estação Santa Lucía, linha 1 vermelha – e descemos na Estação Central, linha 1 vermelha. Na referida estação tomamos a saída para a esquerda. (Saiba que o metrô santiaguino é subterrâneo e em todas as estações da linha vermelha há duas saídas: uma para a esquerda e outra para a direita. Ambas levam para ruas ou avenidas distintas).


Saímos do lado de um mini shopping. Tomamos o corredor principal até o Terminal de Buses San Borja. (Este é um terminal de ônibus intermunicipais e fica no segundo piso do referido mini shopping). Para acessar o segundo piso subimos pela escada rolante que fica no final do corredor, à esquerda.


Nos dirigimos à plataforma de embarque nº 77. Tomamos um microônibus da empresa Flota Talagante com destino à Comuna Talagante, onde se situa a Vinícola.


Pedimos informações junto ao motorista do microônibus e informamos que desceríamos na Viña Undurraga. Após os 34km percorridos sob chuva e frio, o motorista nos deixou justo na entrada da vinícola.

Viña Undurraga Chile Vivo Turistando
Chuva e frio na estrada rumo à Comuna Talagante
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Estrada rumo à comuna Talagante onde se localiza a Viña Undurraga
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Entrada da Viña Undurraga

Viña Undurraga Chile Vivo TuristandoPara voltar a Santiago, é muito simples: do outro lado da avenida que passa em frente à vinícola, há uma parada de ônibus. Nesta, pegamos o microônibus da mesma empresa.

De Santiago até a vinícola pagamos 1.100 pesos chilenos por passageiro e, na volta, 1.000 pesos. Em ambos os casos o pagamento é feito diretamente ao motorista.


A VISITA


Era o segundo dia de nossa estada na cidade, uma terça-feira do inverno santiaguino. No primeiro dia visitamos rapidamente uma parte do centro, mas foi bem rápido mesmo, era somente para comprar alguns acessórios para sair no frio. Nossa intenção foi de voltar lá com mais calma. Sobre essa rápida passagem leia o que escrevemos, acessando (em breve). Além disso, visitamos o Cerro Santa Lucía, um dos principais pontos turísticos de Santiago. Conheça o cerro lendo Santiago | Que tal subir o cerro Santa Lucia?


Chegamos à Undurraga às 10:00h depois de cerca de uma hora gasta com deslocamento metrô + ônibus. Como nossa visita estava organizada para as 12:00 horas, aproveitamos o tempo de espera e compramos algumas lembrancinhas na lojinha que fica dentro da vinícola, ao lado da recepção. Além de lembranças, a lojinha oferece, obviamente, vinhos que variam em preços de R$ 13,00 a R$ 200,00 (5 a 80 dólares).


Também aproveitamos o tempo de sobra e tiramos fotos e filmamos o local, que possui diversas espécies de plantas nacionais e estrangeiras.
Viña Undurraga Chile Vivo Turistando

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Viña Undurraga Chile Vivo Turistando

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Viña Undurraga Chile Vivo Turistando

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Ceibo - planta e flor nacional da Argentina

Estava bastante frio e há pouco havia chovido, quando começou o tour.

O guia que trabalha há 29 anos na vinícola, é uma pessoa bem descontraída. Acredito que uma das atrações seja a própria figura do guia. O mesmo já possui um discurso pré-montado que mistura informação com diversão: a brincadeira da rouquidão e em seguida a do nervosismo são clássicas para o início de conversa.


Depois da apresentação inicial, seguimos para um pequeno lago. Aqui rende belas fotos. Numa espécie de tarefa dupla, ouvíamos o guia e concomitantemente registrávamos o local. Aqui também há um momento para descontração: a brincadeira do divórcio. No mais, o guia nos informa e mostra a ex- moradia da família Undurraga, cuja casa caiu em virtude de um terremoto ocorrido em março de 1985.

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Caminho para o Lago e a ex-casa da família Undurraga
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Pequeno lago onde é feito a brincadeira do divórcio
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Ex-moradia da família Undurraga. A casa foi destruída em virtude de um terremoto em 1985

Daqui partimos para o campo onde usufruiríamos do momento mais esperado: ver as vinhas e quem sabe até degustar algumas uvas! Mas, entrou areia! E muita areia! Segundo o guia, somente de novembro a maio é possível ver as vinhas! Nos demais meses há somente o campo limpo, e uva que é bom, só no mercado!
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Campo limpo, sem vinhedo! O guia nos dá a triste notícia...
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Nem uma uvinha!
Ouça o áudio onde o guia anuncia que não há vinhedo:
Temos de confessar que não nos sentimos bem com esta notícia. Achamos que havíamos sido enganados, pois a administração da vinícola poderia informar isto no site, ou, por outro lado, cobrar um valor menor pelo ingresso. Mas, resolvemos relevar tal situação e usufruir do local nas condições do momento.

Ainda no campo de plantio, o guia nos levou para frente de uma casinha de 1x1m, chamada de Calicata. A explicação que envolve a ideia de prevenção de pragas, tornou-se interessante a nosso ver quando fomos informados que o Chile dificilmente sofre com pragas nas vinícolas, isto em virtude de quatro barreiras naturais: A Cordilheira dos Andes, o Oceano Pacífico, o deserto e a Antártida.

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Calicata - pequenina casa de 1m x 1m
Dali fomos para um pequeno jardim onde são cultivadas uma vinha de cada uva. A ideia dese pequeno jardim exemplificativo, é para facilitar o reconhecimento das uvas pelo degustar ou pelo formato das folhas. Obviamente que este jardim também estava seco!
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Jardim seco e sem uva!
Fomos guiados para um galpão onde possui diversos tanques de concreto antigos e pouco utilizados atualmente e de aço de tecnologia moderna. Em seguida, entramos para conhecer o reservatório onde são armazenados os vinhos em barris de carvalho. Aqui, a visita já estava no estado final.
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Ao fundo, os grandes tanques de concreto para a guarda de vinho
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Tanques de aço, onde é possível guardar até 200 mil litros de vinho reserva
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Barris de carvalho
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Nesse barris são armazenados os vinhos

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Barris ou Barricas de vinho com capacidade de 225 litros
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Detalhe da armazenagem de vinhos em barris

Após uma sessão de explicações sobre a produção e armazenamento do vinho, e também de boas brincadeiras, continuamos e passamos, extremamente rápido, numa câmara onde são expostos objetos mapuches e andinos, da coleção “Gente de La Tierra" da família Yuraszeck.
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Painel da Expsição "Gente de La Tierra"
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Objetos mapuches e andinos da Coleção da família Yuraszeck.
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Mais objetos da Coelção da família Yuraszeck.
Passado pela exposição saímos num terraço onde há diversos carros antigos também expostos. O guia não fez nenhuma referência a tais carros. Mas vale uma paradinha para uma sessão de fotos. Aproveitamos e subimos nos carros (são altos!) e fotografamos.
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Exposição de Charretes
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Uma charrete quase que totalmente de madeira
Concluindo a visita, degustamos quatro vinhos. O guia fez questão de frisar que na vinícola concorrente – a Concha y Toro – a degustação é somente de três vinhos! Os vinhos degustados forma todos de reserva Late Hárvest, Sibaris, Aliwen branco e Aliwen tinto. Só para citar, o Aliwen branco, de sabor doce, é um ótimo vinho!
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Momento da degustção de 4 vinhos
O vinho a ser degustado é colocado em grandes taças que estampado há o nome UNDURRAGA. Após a degustação, as taças são dadas como lembranças a cada um dos visitantes. Apesar da alegria por ter “ganhado a taça” literalmente, a tristeza veio por termos uma das taças quebradas ao longo do retorno ao Brasil.

O QUE APRENDEMOS?


O que para uns é básico, para outros é novidade.


Confessamos que aprendemos na vinícola que Carmenere, Malbec, Cabernet Sauvignon, Pinot noir, Merlot e outros são tipos de uvas! Além disso, o formato do fundo de uma garrafa de vinho pode revelar se ele é de reserva ou não: para isto, basta certificar-se se o fundo é côncavo. Em caso positivo, o conteúdo da garrafa trata-se de um vinho de reserva!


Ademais e interessantemente, é possível fazer um vinho branco com uva roxa, no entanto, não há como fazer um vinho tinto com uva branca! E basta apenas um quilo de uva para fazer uma garrafa de vinho!

Embora não tenhamos tido contato com a fabricação do vinho, ou seja, com a parte técnica do processo, visto que nossa visita era turística, muito se aprende sobre o dia a dia em uma vinícola e, em linhas gerais, sobre o processo de plantio do vinhedo até a guarda dos vinhos.


No quesito visita, é necessário saber que, embora o tour dure cerca de 1 hora e meia, a passagem e paradas nos locais é muito rápida. Procure fotografar, filmar enquanto o guia fala, pois caso contrário, você terminará o tour com uma dúzia de fotos, no máximo.


Em relação às taças que são oferecidas como brindes, procure enrolá-las em uma quantidade considerável de panos macio. Vale gorros, cachecóis, até mesmo aquela meia furada que você usa escondido pensando que ninguém vai ver, aí quando chega no aeroporto, pra passar pelo raio X, o cara pede pra você tirar o sapato, e naquele momento todos descobrem aquela sua velha meia furada com os dedos pra fora! Nesse caso, é melhor deixar as velhas meias pra embrulhar as taças. Fica a dica. rsrsr


Após a conclusão do tour, você ainda poderá passear pelos jardins da vinícola. Aproveite para tirar bastante fotos, pois o local é muito bonito e elegante. Para brasileiros que moram na região tropical (região nordeste, norte, centro-oeste e sudeste) a paisagem do local irá surpreender, pois é diferente da que estamos acostumados a ver.


Vale muito à pena visitar a Viña Undurraga. Se você se animou a visitá-la e precisa de informações de alguém que já esteve no local, então não hesite e use o espaço reservado abaixo para comentários.

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