Santiago | Que tal subir o Cerro Santa Lucía?

O Cerro Santa Lucía (se pronuncia em espanhol "Cero Santa Luzia"), que esteve fechado à visitação devido a problemas ocorrido pelo terremoto que abateu a cidade de Santiago em 2010, no entanto, foi reaberto ainda naquele ano e voltou a receber as mais de 2 mil visitas diárias.

Tamanho número de visitação se deve ao fato de esse ser uns dos principais pontos turísticos da cidade. A própria localização e a visão privilegiada que se tem ao subir o Cerro Santa Lucía – sim, subir sim senhor, porque o Cerro Santa Lucía é, no bom português, o Morro Santa Luzía – o faz ponto imperdível para visitação.

O Cerro Santa Lucía está situado bem próximo ao centro cívico, ou comercial, da cidade de Santiago, especialmente entre as ruas Merced, Santa Lucía e Victoria Subercaseaux, e pela Avenida Libertador Bernardo O'Higgins - mais conhecida como Alameda.
  
O acesso ao cerro se torna ainda mais fácil pela proximidade deste à estação de metrô Santa Lucía e aos vários pontos de ônibus coletivos.

Ônibus coletivo que cruzam a cidade inteira passam pelas ruas que circundam o cerro. Especialmente na Alameda, há diversos pontos de ônibus, inclusive alguns ao lado do cerro. Logo, o ônibus coletivo é uma das opções, e de quebra mais barata, para chegar ao local.

Além do ônibus, outras formas podem ser utilizadas: o metrô (que em espanhol se escreve "metro", sem o acento), o táxi, e a bicicleta, ou caminhando. O metrô é uma opção barata e sem stress. O valor de uma passagem é de 690 pesos chilenos, o que equivale a aproximadamente R$ 2,90 ou USD 1,18.

Se optar por ir de metrô, faça o seguinte: ao tomá-lo, desça na estação Santa Lucía, linha 1 vermelha, pegue a saída para a Alameda (veja a placa indicando esta saída). Ao subir as escadas, siga para a direita e voltando. À frente você encontrará a praça Benjamín Vicuña Mackenna onde há um monumento em bronze em homenagem ao historiador e político Vicuña Mackenna. Em seguida avistará os grandes portões que guardam o cerro.

Estátua em bronze, produzida por Jules-Félix Coutan em homenagem ao historiador e político Benjamín Vicuña Mackenna

Para as opções ônibus e táxi, basta informar ao motorista que precisa descer próximo ao Cerro Santa Lucía. Vale lembrar que estas duas opções são as mais estressantes e demoradas.

Mas se optar ir pedalando, saiba que há serviço de aluguel de bicicleta. Alugue sua bike em La Bicicleta Verde. Não fizemos uso deste serviço, logo só informamos e não respondemos por problemas, caso ocorram com quem decidir alugar a bicicleta.

Nós estávamos hospedados na calle (em português significa "rua") San Franscico, bem próxima ao cerro. Por esse motivo, decidimos pela opção mais barata e saudável: caminhando.

Era uma segunda-feira de julho. Nosso primeiro dia em Santiago. Chegamos ao apartamento, na calle San Franscico, por volta das 14:00h local. ( o Chile está uma hora atrasada em relação à hora oficial brasileira).

Acomodadas as bagagens, saímos para almoçar e, após uma rápida passagem pelos Passeos Ahumada e Estado, caminhamos em direção ao Cerro Santa Lucía.

A caminhada é pequena e as ruas planas, além do vento gelado de julho impediram qualquer cansaço.

Entramos pelo portão situado ao lado da Alameda. Ali há um livro onde você poderá assinar antes de desbravar o cerro. Ainda na entrada, fomos recepcionados por uma bela paisagem de uma grande fonte de água. Aqui, aproveitamos para filmar e fotografar. Rende-se boas fotos!

Fonte de água na entrada do Cerro Santa Lucía

No mais, passamos sebo nas canelas e começamos a subir os 69 metros de escadas rumo ao topo do morro que possui cerca de 630 metros de altitude! É, sem dúvida um esforço atípico mas que vale muito à pena.

Subindo os primeiros degraus e a vista da Alameda

Após alguns degraus, chegamos ao primeiro piso – o Terraza Neptuno. Aqui fotografamos uma edificação e outra bela fonte de água. Vale ressaltar que a fonte estava em manutenção e por isso não vimos a maravilha na totalidade. Também focamos a palmeira Abanico de Califórnia, México. Trata-se de uma antiga e altíssima palmeira plantada bem à frente da fonte de água.

Terraza Neptuno

Edificação no Terraza Neptuno

Detalhes da Edificação no Terraza Neptuno

Teto da Edificação no Terraza Neptuno

Terraza Neptuno, do lado direito a fonte de água em manutenção

Palmeira Abanico de Califórnia - México

Partimos para mais um piso, passando pelo Portal Vermelho. Aqui atente para o brasão colocado em homenagem à coroa espanhola, colonizadora do Chile.

Passeio ao lado do Terraza Neptuno

Rumo ao segundo piso

Rumando ao segundo piso

Portal Vermelho e ao centro o brasão da Coroa Espanhola

Chegamos à Praça Pedro de Valdívia. Nesta, além de fotografar e filmar, aproveitamos para descansar! Afinal, muitos degraus já tinham ficado para trás! Mas enquanto descansávamos, usufruíamos da magnífica vista sobre a cidade de Santiago.

Placas indicativas no terceiro piso do Cerro Santa Lucía

Praça Pedro de Valdívia

Vista do segundo piso a partir da Praça Pedro de Valdívia

Vista da Edificação no Terraza Neptuno a partir da Praça Pedro de Valdívia

Retomada as energias, seguimos para o ponto mais aguardado da visita: a Torre Mirador. Aqui, vale ressaltar que já estávamos em uma altura considerável e os degraus eram cada vez mais estreitos e escorregadios, visto que eram de pedra (rocha) autóctone do morro, e não de concreto. O cuidado nesse momento deve ser redobrado e onde houver corrimão não hesite em utilizá-lo.

Enfim, chegamos ao topo do Cerro Santa Lucía. O espaço que se chama Torre Mirador é bem pequeno e comporta cerca de 15 a 20 pessoas bem encolhidas. Apesar disso, a vista é gratificante, pois contemplar parte da cidade em seu momento de vai e vem e a Cordilheira dos Andes em sua magnitude, é simplesmente esplêndido e merecedor de qualquer esforço.

Segue uma sessão de fotografias com vista, a partir da Torre Mirador, para a cidade de Santiago e suas principais vias e edificações.

Após a contemplação descemos de regresso, e também para dar espaço a tantos outros que estavam ávidos por subir ao topo. O desafio na volta não poderia ser diferente: as escadarias morro a baixo!

 Após descermos alguns degraus, paramos em um pequenino trailer e tomamos a tradicional bebida do Chile – o mote con huesillos. Os chilenos a chamam de bebida nacional e é apreciada por muitos turistas. Leia rapidinho o que escrevemos sobre a dita cuja, acessando (em breve).

O mote con huesillos ajudou refrigerando o corpo, e o tempo parado serviu para descanso.

Mote con Huesillos - a bebida nacional do Chile

Enfim, descemos o morro em caminho ao apartamento. Afinal, já precisávamos de um descanso completo, pois o enfado da viagem do Brasil ao Chile já nos era real.

Em todo o percurso encontramos fontes de água, estátuas, obras de artes e diversos monumentos e equipamentos como os canhões que retratam a época que o cerro foi feito como fortaleza. 

Sinta-se à vontade para babar assistindo ao vídeo que produzimos sobre o Cerro Santa Lucía. Basta acessar Em pleno centro de Santiago do Chile ressurge o Cerro Santa Lucía

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