Manaus | Um passeio pelo Centro Histórico de Manaus

Manaus é uma das cidades históricas do Brasil. Em 2015, a cidade completou 346 anos. Ao longo desse tempo acumulou muita história para contar aos seus habitantes e também aos visitantes.

E este é, portanto, o estilo principal de visita: o turismo histórico, onde destaca-se a história do Estado do Amazonas e de Manaus, história essa que é também a história do Brasil.

Centro Histórico de Manaus

A VISITA

Era uma sexta-feira ensolarada quando saímos da região centro-sul de Manaus e rumamos para o centro, conhecer um pouco da história do lugar. Saiba o que mais, além de turistar, fomos fazer na cidade. 

A nossa primeira parada foi exatamente no ícone de Manaus: O Teatro Amazonas. É certo que já havíamos visitado na noite anterior o teatro. Essa visita você pode ter mais detalhes acessando Manaus | Assistindo uma Ópera no Teatro Amazonas. Mas queríamos ver o estiloso teatro à luz do dia.

Teatro Amazonas, inaugurado em 31 de dezembro de 1896

Hall de entrada do Teatro Amazonas

O Teatro Amazonas está localizado na Praça São Sebastião, exato onde fica o Largo São Sebastião. Assim, após uma sessão de fotos e filmagens, passeamos pelo Largo e arredores.

Fachadas lateral, frontal e escadaria do Teatro Amazonas

O imponente Teatro Amazonas

Uma paisagem pitoresca em pleno centro de Manaus

Fachada do Teatro Amazonas e faixa do Festival Amazonas de Ópera

Escadarias do Teatro Amazonas

No Largo São Sebastião há um monumento em bronze, erguido bem à frente do Teatro Amazonas, que data de 1900 e faz alusão à Abertura do Portos. Diversos desenhos estão esculpidos, dentre eles a representação dos quatro continentes até então conhecidos (Europa, África, Ásia e América), além de uma estátua feminina que representa a Amazônia. 

Manumento à Abertura dos Portos do Amazonas

Daqui subimos pela Rua Tapajós até a Academia Amazonense de Letras, um prédio eclético e que pertence ao acervo do Patrimônio Histórico do Estado. Seguimos pela Rua Ramos Ferreira, passamos pela Praça do Congresso e, em seguida paramos na Praça 5 de Setembro, conhecida popularmente como Praça da Saudade.

Esta praça, em formato de círculo, é considerada uma das mais belas de Manaus. Foi construída em 1865 e homenageou o ato em que o Amazonas foi elevado à categoria de Província, e também a figura histórica de Tenreiro Aranha, para o qual foi erguido um monumento em 1907.

Praça da Saudade e, ao fundo, monumento à Tenreiro Aranha

Uma perspectiva circular da Praça da Saudade, no centro de Manaus

Já por volta do meio-dia nos dirigimos ao Porto de Manaus. Tomamos a Avenida Eduardo Ribeiro, construída em 1893 para ser a primeira avenida de Manaus. Em toda a sua extensão há lojas, camelôs, pessoas, muitas pessoas, e carros que disputam lugar com os pedestres. É, de fato, o centrão da cidade; um vai-e-vem imparável.

Em seguida, caminhamos pela Avenida Sete de Setembro e entramos na Praça da Matriz. Aqui há a principal igreja católica da cidade, inaugurada em 1878. Também, ao redor da praça, há uma feirinha de roupas, frutas e souvenirs, e de um lado o terminal de ônibus coletivo. Há  ainda nas intermediações da praça e da Avenida Eduardo Ribeiro alguns monumentos históricos, os quais fomos lá observar.

Trata-se do Relógio Municipal, importado da Suíça e colocado sobre uma base de pedra de 5m de altura. E a poucos metros a frente há um Obelisco, semelhante ao de Buenos Aires, só que menor. Este monumento homenageia o ato em que Manaus foi elevada à categoria de cidade. Ambos monumentos datam de 1927.

Relógio Municipal

Obelisco de Manaus

O calor e o tempo abafado já adiantavam o cansaço, e paramos um pouco. Enquanto isso, fomos nos refrigerar degustando os picolés de tucumã, uma fruta típica da região amazônica.

Picolé de tucumã

Um urso? Não, um cachorro!

Do Obelisco avistamos um belo prédio, de uma arquitetura eclética que mistura traços medievais e renascentistas. Ao nos aproximar vimos a inscrição "Alfândega". Sua história é interessante: trata-se do primeiro prédio pré-fabricado do mundo. Os blocos para ser montados foram trazidos da Inglaterra através de barcos que atracavam ali mesmo no Porto de Manaus.

Avenida Floriano Peixoto e, ao fundo, prédio da Alfândega

Aqui, já estávamos na Avenida Floriano Peixoto, a poucos passos do Porto de Manaus. Na pequena caminhada até lá fomos abordados por alguns freteiros de barcos que ofereceram seus serviços de passeios pelo rios Amazonas, Negro e Solimões.

O Porto, concluído em 1907, é o maior porto flutuante do mundo. Daqui partem barcos pequenos e grandes, navios e até cruzeiros. O local está se tornando turístico devido aos passeios possíveis de partir dali e ao estabelecimento de restaurantes, lanchonetes e vendas de souvenirs, além da paisagem deslumbrante sobre o Rio Negro e os diversos barcos ancorados.

Passarela, no Porto de Manaus

Barcos atracados no Porto Flutuante de Manaus

Conhecido o Porto, fizemos a volta e retornamos para a Avenida Sete de setembro. Seguimos em frente até encontrar parte da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental. Entre barcos e outros maquinários, avistamos a maior e mais bela ponte da Cidade: A Ponte Rio Negro.

Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental e, ao fundo, Ponte Rio Negro

A esta altura já estávamos terminando nosso passeio pelo Centro Histórico de Manaus. Diversos prédios em distintos estilos podemos observar ao longo de toda a caminhada, ao tempo que imaginávamos os acontecimentos de época.

Prédios do Centro Histórico de Manaus

Por fim, nos dirigimos novamente à Praça da Matriz, e tomamos um ônibus de volta, no Terminal 1.

DICAS ÚTEIS

> É possível passear pelo Centro Histórico de Manaus apenas caminhando. No entanto, atente para o fato de que é uma grande e movimentada região. Por tal motivo, vale muito a pena aquele velho cuidado consigo e com os pertences.

> Use roupas leves e abasteça-se de garrafas de água. Não esqueça de levar uma toalhinha para enxugar o suor, bem como uma sombrinha para eventuais chuvas ou sol intenso.

> Se for utilizar ônibus, tenha mente que a maioria deles andam lotados e rodam bastante.

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